A Astem – Assessoria em Pessoas busca talentos nas mais diversas áreas e em 2014 decidiu apostar as suas fichas em um campeão em  desenvolvimento, o atleta Gabriel “Todd” Almeida, que já coleciona algumas das mais importantes medalhas  do Jiu Jitsu mundial. “Nossa ideia inicial era ajudar um atleta de um esporte que não tem tanta divulgação como o futebol, por exemplo. Buscamos alguém que pudéssemos apostar no talento, na força, no espírito de um verdadeiro esportista” explica Cleide Jabarra, CEO da Astem. 

 

Eis que Gabriel entrou na história. Através de amigos e parentes, o atleta organizou um evento para arrecadar fundos para uma viagem, quando recebeu a notícia que a Astem iria patrociná-lo. “Se você não tiver uma empresa que te ajude, dificilmente conseguirá disputar grandes competições, pois os gastos são altos com viagens, inscrições de campeonatos e até no dia-a-dia dos treinamentos”, analisa o lutador que foi vice-campeão Panamericano, nos Estados Unidos e campeão Mundial Profissional em Abu Dhabi. “Nesses três meses que passei fora do país, tive uma experiência única, que foi treinar ao lado dos atuais melhores do mundo no esporte, conhecer a rotina deles e viver o Jiu Jitsu mais intensamente”, completa.

Confira uma entrevista rápida que fizemos com o campeão mundial, Gabriel Almeida, o “Todd”:

Como começou a sua história no esporte?

Eu praticava Tae Kwon Do, e a aula de Jiu Jitsu com o professor Eduardo Flexa acontecia logo após a minha. Um dia meu irmão deu a ideia de fazermos uma aula experimental, e a partir dali só fui me apaixonando pelo esporte.

Como você começou a competir? Conte como foi sua primeira viagem para competir.

Depois de oito meses treinando, entrei na minha primeira competição, em agosto de 2011 e obtive o 2º lugar. Gostei tanto que resolvi entrar em outras, então passei a competir em todos os campeonatos que vinham pela frente. Pra obter melhores resultados precisava me dedicar mais, então abandonei o Tae Kwon Do pra poder treinar mais a arte suave. Minha primeira viagem foi a Gramado (RS), em março de 2012, para disputar a seletiva para o Mundial de Abu Dhabi. Na ocasião, obtive o 3º lugar. Fiquei muito feliz de já conseguir um pódio na minha primeira competição de grande porte.

Você já teve alguma grande derrota? Como se sentiu? Já pensou em desistir?

A derrota está presente na carreira de todo atleta, e eu já tive muitas. Algumas me fizeram chorar até. Mas nenhuma me abateu de tal modo que eu pensasse em desistir. Pelo contrário, elas só serviram de combustível pra eu voltar mais forte ainda aos treinos e às próximas competições.

E como se sente diante das suas vitórias? 

Quando atinjo um objetivo, me vem à cabeça tudo o que passei pra chegar ali, todo o treinamento árduo, tudo junta naquele momento. Então a sensação de felicidade é 

 

muito maior, porque você vê que valeu a pena todo o caminho percorrido.

Qual é a emoção de voltar para casa após a sua vitória nos Estados Unidos e em Abu Dhabi? 

Muita felicidade. Soube que muita gente me assistiu pela internet, e me viu ser campeão. Recebi vídeos da galera assistindo à minha final e vibrando com meu título, todos me dando forças, mesmo de longe. Quando cheguei, minha família me esperava no aeroporto com cartazes e me receberam com muita alegria. Estava com saudade de casa, de tudo aqui, e voltar com esse título na bagagem é a melhor sensação do mundo.

Qual o recado você dá para quem acredita que tem talento mas não consegue patrocínio, vencer, etc?

Tem que se dedicar, seja qual for o seu foco. Se esforçar sempre buscando o seu melhor, e se você acha que atingiu o auge, tente ir além. Nunca desista dos seus sonhos. Eu penso nisso o tempo todo. Nunca desistir, buscar sempre evoluir, que um dia o resultado vai aparecer.